SURGIMENTO DO JORNALISMO IMPRESSO (2)
NO NOVO MUNDO
Na Antigüidade, os rapsodos percorriam reinos e impérios difundindo as informações.
O Império Romano possuía um boletim oficial que era afixado na tábua branca no muro da residência de César: Acta Diurna Populi Romani, criado por Júlio César em 69 A.C.
Este tipo de boletim-mural também era presente em outras civilizações como no Egito, na Babilônia e na Grécia.
Com a queda de Roma e o advento do mundo feudal, a troca de informações ficou restrita. Mesmo assim, os trovadores tornaram-se os divulgadores das notícias entre os feudos.
Em 1440, Johannes Gensfleisch, mais conhecido como Johannes Gutenberg revoluciona com a invenção da imprensa a produção de livros, jornais, boletins e demais documentos em grande escala.
Revolução Industrial alterou novamente o cenário mundial e das Américas. A efervescência cultural dos séculos XVIII e XIX contribuiu para multiplicar o interesse pelo jornalismo.
A produção de jornais em grande escala, a partir da criação de impressoras a vapor e a utilização da publicidade para cobrir parte das despesas dos periódicos, permitiram que o preço do exemplar caísse, possibilitando o acesso a um maior número de pessoas. O jornalismo tornava-se cada vez mais uma prática profissional e comercial, elaborando-se, ganhando estilo e código de ética.
O JORNALISMO NO BRASIL
A história do jornalismo tupiniquim começa em 1808, com a chegada da corte portuguesa ao Brasil. O Correio Braziliense, o primeiro a circular pelo país de maneira clandestina, era editado, em Londres, pelo jornalista gaúcho Hipólito José da Costa. Seu cunho era republicano.
D. João VI então cria a Imprensa Régia, que editava o monarquista Gazeta do Rio de Janeiro. Outras publicações surgiram para propagar as duas vertentes: republicanos e monarquia.
Em 1821 surgem as primeiras publicações pró-independência como os baianos o Diário Constitucional e o A Malagueta, mais Sentinela da Liberdade e Guarita de Pernambuco.
Com a autonomia política brasileira, em 1822, os panfletários se propagaram em diversos estados:
Farol Paulista e o Observador Constitucional - São Paulo
O Precursor das Eleições - Minas Gerais
O Olindense - Recife
O século XIX foi marcado também pelo jornalismo literário, com a presença de escritores conhecidos nas escolas como José de Alencar e Machado de Assis.
EDITORIAS OU CADERNOS
As publicações são geralmente divididas entre editorias temáticas, agrupando os assuntos mais comuns do noticiário.
Isto é mais visível em grandes jornais diários organizados em Cadernos e Suplementos, sempre separados.
As publicações seguem geralmente o seguinte modelo:
-Geral
Aborda assuntos diversos como acidentes, cataclismas, intempéries, tragédias, buraco de rua e até crimes (estes normalmente reservados para a página policial).
-Local ou Cidade
Assuntos de interesse local (da cidade) ou da região .
-Nacional ou País
Aborda assuntos diversos Abrange notícias de outras localidades do país
-Nacional ou País Política
Dispensa qualquer comentário. Às vezes agrupada com a anterior.
-Turismo
Roteiros de viagem e serviços sobre destinos turísticos.
-Comportamento
Nova tendência do novo século com assuntos diversos como o comportamento social, consumo, relacionamentos, saúde, família e medicina.
-Educação e Vestibular
Com temas educativos e pedagógicos. São fontes de pesquisa escolar e oferecem calendários de provas e acesso universitário e concursos públicos.
-Infantil e Feminino
Especializados em assuntos estereotipicamente associados a gênero e faixa etária.
-Esporte
Um dos mais apreciados e importantes comercialmente. Aborda todas as modalidades esportivas; em especial o futebol.
-Polícia
Crimes e reportagens de segurança, às vezes incluindo também ações de Defesa Civil e Bombeiros.
-Internacional
Compreende assuntos diversos de política internacional, relações externas, diplomacia, economia internacional, cultura estrangeira e ainda assuntos diversos, desde que ocorridos no exterior.
-Economia
Sempre notícias relacionadas às atividades produtivas do país, região ou cidade onde se localiza o jornal. As vezes ainda é fatia em sub-editorias.
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