sexta-feira, 27 de março de 2009

PROPOSTAS DE SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS SOCIALIZADAS PELO O GRUPO PARA OS GÊNEROS POESIA E PARÓDIA


PÚBLICO: 3ª série - poesia
TEMA: “Cajamar Cinquentão”
DURAÇÃO: 3 meses
ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagem
EXPECTATIVA: curto e médio

Reconhecer a estrutura e características do gênero; visualizar e sensibilizar; planejar, produzir e revisar; reproduzir;

ETAPAS: O QUÊ?
- Levantamento do conhecimento do gênero;
- Escrita de poemas conhecidos;
- Apresentação de modelos;
- Leituras compartilhadas de poemas;
- Exploração das características;
- Produção coletiva; ( tema do concurso)
- Produção individual;
- Revisão.

PÚBLICO: 4ª série – poesia

- Levantamento dos conhecimentos prévios;
- Produção de poemas, para futura comparação;
- Leitura de vários tipos de poemas, focando suas características;
- Apresentar a coletânea Cajamar em verso e prosa que retratem bons exemplos der produções par ampliação do repertório;
- No planejamento focar o que será retratado como, para quem, o que não poderá faltar e onde irá circular;
- Produção coletiva;
- Dupla/ grupos;
- Individual;
- Revisão coletiva;
- Revisão em dupla;
- Uso da informática para digitação e revisão final;

PÚBLICO: 7ª e 8ª – paródia
- Levantamento dos conhecimentos prévios;
- Freqüentar o gênero;
- Sistematização ( quadro – síntese)
- Músicas, poemas – pensando no ritmo, rimas ( elementos estéticos);
- Conhecimentos sobre o tema ( banco de dados);
- Produção coletiva;
- Produção individual e seleção;

Poesias

Poema ou Poesia?


SEGUNDO O DICIONÁRIO AURÉLIO DA LÍNGUA PORTUGUESA:
POESIA “ ARTE DE CRIAR IMAGENS, DE SUGERIR EMOÇÕES POR MEIO DE UMA LINGUAGEM EM QUE SE COMBINAM SONS RITMOS E SIGNIFICADOS”
POESIA, POÍESIS EM GREGO, SIGNIFICA CRIAÇÃO, FABRICAÇÃO, CONFECÇÃO


POEMA É DEFINIDO COMO : “OBRA EM VERSO OU NÃO EM QUE HÁ POESIA”
POEMA DO GREGO POÍEMA, SIGNIFICA “ QUE SE FAZ, OBRA , CRIAÇÃO DO ESPIRÍTO, INVENÇÃO”
Alguns recursos poéticos:

Aliteração: largamente utilizada na poesia, sendo que esta também pode ser usada em prosa, em frases curtas.
Assonância: repetição de vogais:

A ONDA
a onda
anda aonde anda
a onda?
a onda ainda
ainda onda
ainda anda
aonde?
aonde?
a onda a onda
Manuel Bandeira

Frase: “ A mágica presença das estrelas”( Mário Quintana)


Consonância: repetição de consoantes:

“O rato roeu a roupa do rei de Roma.”

Violões que choram

“Vozes veladas,
veludosas vozes,
Volúpias dos violões,
vozes veladas,
Vagam nos velhos
vórtices velozes
Dos ventos, vivas,
vãs, vulcanizadas.”
Cruz e Souza

Metáforas: fala-se de um objeto ou de uma qualidade com palavras que se referem a outros objetos ou qualidades, mas podem ser tomadas emprestadas para fazer comparações:

Rua Pura
“A rua era pura...
Desprovida de calçadas e guias
Vestida de pedras duras,
Tão inteira e comprida (...)”
Profª Patrícia Biano (2008)


Onomatopéias: figura de linguagem que imita o som:

Cajamar, piuí, tic,tac
“Em Cajamar
Tinha um trem
Que fazia piuí, tic, tac
E levava as pessoas
Para vários lugares.”
Fase IV – profª Paula – EMEB Elaine(2007


Haikai: origem japonesa, surgida no séc. XVI. Geralmente o tema é natureza ou as estações do ano.

Primeiro frio do ano
Fui feliz
Se não me engano
Paulo Leminski
Acróstico

Composição: Roberto Carlos

M ais que a minha própria vida
A lém do que eu sonhei pra mim
R aio de luz
I nspiração
A mor você é assim

R ima dos versos que eu canto
I menso amor que eu falo tanto
T udo pra mim
A mo você assim

M eu coração
E ternamente
U m dia eu te entreguei

A mo você
M ais do que tudo eu sei
O sol
R aiou pra mim quando eu te encontrei


Soneto: formado por 14 versos, podendo ser: 2 quartetos e 2 tercetos,3 quartetos e 1 dístico ou 1 estrofe com 14 versos


Soneto

Luís de Camões
Quem diz que Amor é falso ou enganoso,
ligeiro, ingrato, vão, desconhecido,
Sem falta lhe terá bem merecido
Que lhe seja cruel ou rigoroso.

Amor é brando, é doce e é piedoso;
Quem o contrário diz não seja crido:
Seja por cego e apaixonado tido,
E aos homens e inda aos deuses odioso.

Se males faz Amor, em mi se vêem;
Em mim mostrando todo o seu rigor,
Ao mundo quis mostrar quanto podia.


Mas todas suas iras são de amor;
Todos estes seus males são um bem,
Que eu por todo outro bem não trocaria.



Quadra: 4 versos, sendo que o 2º rima com o 4º verso

Gato Preto

“Aqui tem casa de pedra,
Lugares secretos e trem,
Perto do antigo forno tem o vagão
Que enferrujado não vai, nem vem.”
Fase VI – profª Thalita – EMEB Gato Preto (2007)

Paródias








Paródia


A paródia é uma imitação, na maioria das vezes cômica, de uma composição literária (também existem paródias de filmes, pinturas e músicas).Ela geralmente é parecida com a obra de origem, e quase sempre tem sentidos diferentes.Na literatura a paródia é um processo de intertextualização, com a finalidade de desconstruir um texto.

EXEMPLOS:
"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá."
(Canção do exílio - Gonçalves Dias)

A paródia de Oswald de Andrade:

"Minha terra tem palmares
onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá .

Não atire o pau no gato

Não atire o pau no gato
Porque isso não se faz
O gatinho
É nosso amigo
Não devemos
Maltratar os animais.
Jamais

INTERTEXTUALIDADE


É a presença de um texto em outro, com ou sem referência explícita.
Bazerman (2006) afirma, “nós criamos os nossos textos a partir do oceano de textos anteriores que estão à nossa volta e do oceano de linguagem em que vivemos.E compreendemos os textos dos outros dentro desse oceano”(p.88)
Bazerman (2007)“Os textos não surgem isoladamente, mas em relação a outros textos”(p.92)














































































































pauta - poemas e paródias

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO DE CAJAMAR

OFICINA DO CONCURSO “ CAJAMAR EM VERSO E PROSA”
26/03/09

“(...) poeta brinca com as palavras... parece que o poeta diz o que a gente nunca tinha pensado em dizer (...)” (Marisa Majolo,Palavras de Encantamento)


1º momento:
- Leitura compartilhada: Guardador de palavras ( fazedores de livro), Regina Gulla;

2º momento:
- Leitura e discussão do regulamento do “III Concurso Cajamar em Verso e Prosa”;

3º momento:
- Apresentação de slides: Retrospectiva do concurso 2008
- Apresentação das duas edições do Concurso

4° momento:
- O que sabemos sobre paródias? Vocês conhecem alguma paródia? Qual? O que não pode faltar numa paródia?

- Apresentação de slides.

- O que sabemos sobre poesias? O que precisa conter numa poesia? Você conhece algum recurso poético?

- Apresentação de slides.

CAFÉ

5º momento:
- Em grupos, discutir propostas de trabalhos para o desenvolvimento da sequência na sala de aula.
- Socialização

6º momento:
- Avaliação

sexta-feira, 20 de março de 2009

Estudo sobre gêneros


Diretoria de Educação do Município de Cajamar I OFICINA DE LÍNGUA PORTUGUESA:” ESTUDANDO OS GÊNEROS DO DISCURSO II”11/03/2009

De onde surgiu a idéia de gêneros?

Os PCNs de Língua Portuguesa – de ensino fundamental e médio- foram importantes para aumentar o interesse cada vez maior em relação aos gêneros no ensino de língua materna. Isso por que o lançamento dos PCN marca a eleição explicita dos paradigmas socioconstrutivista e sociointeracionista para a sugestão de referencias curriculares nacionais. A partir disso, os PCNs sugerem objetivos de ensino, conteúdos e habilidades a ser explorados. Nesse quadro, o trabalho com os gêneros na escola adquire grande importância.

O QUE SÃO GÊNEROS?

Para lidar com cada gênero textual, faz- se necessário participar das práticas de linguagem em que eles estão presentes. Por tal motivo Schneuwly e Dolz (1999, p.7) conceituam gêneros textuais como:

“formas relativamente estáveis tomadas pelos enunciados em situações habituais, entidades culturais intermediárias que permitem estabilizar os elementos formais e rituais das práticas de linguagem”

“ aprender a falar e a escrever, então, é apropriar-se de instrumentos para realizar essas práticas em situações discursivas diversas, isto é, apropriar-se de gêneros”
“ a aprendizagem da linguagem se dá, precisamente, no espaço situado entre as práticas e as atividades de linguagem” (Schneuwly e Dolz , p.75)

“Gêneros se definem, em primeiro lugar, por seu propósito comunicativo, e não por sua forma linguística” Márcia Mendonça

É necessário salientar que os gêneros SÃO entidades dinâmicas; NÃO SÃO modelos estanques nem estruturas rígidas.

Gêneros e letramento

O que é letramento?
De onde surgiu o termo letramento?
“ Os processos de letramento, com suas diversas práticas de leitura e escrita, sempre existiram na sociedades letradas. O que passou a existir recentemente foi o conceito teórico que nomeou e definiu tais processos”

“O trabalho com gêneros na escola não deve ser mera transmissão de conhecimentos construídos na área da linguística. O essencial não é classificar, definir, conceituar gêneros.O fundamental é que , se selecionem os gêneros que possam atender às necessidades de leitura e/ ou escrita, para o desenvolvimento das competências linguísticas, textuais e discursivas”.
Márcia Mendonça

“É preciso salientar que o professor é que deve conhecer o modo de funcionamento dos gêneros com que vai trabalhar, inclusive suas características textuais e discursivas, sua definição, etc.,para decidir se e como vai explorá-los . Nem tudo que é conhecimento relevante para o professor deve ser objeto de ensino na sala de aula”

Por que um currículo centrado no trabalho com gêneros?

-Diversidade textual e contextos de uso;
-Leitura como prática social
-Ensino-aprendizagem à interação



Pauta 11/03/09

Diretoria de Educação do Município de Cajamar

I FORMAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA: “Estudando os gêneros do discurso II”
11/03/2009


“Se não existissem os gêneros do discurso e se não os dominássemos, se tivéssemos de criá-los pela primeira vez no processo da fala, se tivéssemos de construir cada um de nossos enunciados, a comunicação verbal seria quase impossível”

(Bakthin 1953/1979, p.302.Estética da criação verbal.)


OBJETIVOS:

- Apresentar da proposta de formação;
- Discutir e estudar sobre os gêneros do discurso.

Foco: estudo de gêneros

1° momento:


- Apresentação do grupo e formadoras;
- Apresentação da proposta de trabalho.

2º momento:

- Responsável pelo diário de bordo:______________________________


3º momento:

- Apresentação de slides (O que são gêneros, aspectos tipológicos, gêneros e letramento, por que trabalhar um currículo centrado no trabalho com gêneros?)


CAFÉ


4° momento:

- Leitura do texto: Considerações sobre a diferenciação de gêneros discursivos na escrita infantil de Maria Bernadete Aburre, Maria Laura Sabinson e Raquel Salek Frad.

5º momento:

- Avaliação

Próximo encontro: 08/04/2009