segunda-feira, 24 de novembro de 2008

SURGIMENTO DO JORNALISMO IMPRESSO NO BRASIL


SURGIMENTO DO JORNALISMO IMPRESSO (2)
NO NOVO MUNDO

Na Antigüidade, os rapsodos percorriam reinos e impérios difundindo as informações.
O Império Romano possuía um boletim oficial que era afixado na tábua branca no muro da residência de César: Acta Diurna Populi Romani, criado por Júlio César em 69 A.C.
Este tipo de boletim-mural também era presente em outras civilizações como no Egito, na Babilônia e na Grécia.

Com a queda de Roma e o advento do mundo feudal, a troca de informações ficou restrita. Mesmo assim, os trovadores tornaram-se os divulgadores das notícias entre os feudos.
Em 1440, Johannes Gensfleisch, mais conhecido como Johannes Gutenberg revoluciona com a invenção da imprensa a produção de livros, jornais, boletins e demais documentos em grande escala.

Revolução Industrial alterou novamente o cenário mundial e das Américas. A efervescência cultural dos séculos XVIII e XIX contribuiu para multiplicar o interesse pelo jornalismo.
A produção de jornais em grande escala, a partir da criação de impressoras a vapor e a utilização da publicidade para cobrir parte das despesas dos periódicos, permitiram que o preço do exemplar caísse, possibilitando o acesso a um maior número de pessoas. O jornalismo tornava-se cada vez mais uma prática profissional e comercial, elaborando-se, ganhando estilo e código de ética.
O JORNALISMO NO BRASIL

A história do jornalismo tupiniquim começa em 1808, com a chegada da corte portuguesa ao Brasil. O Correio Braziliense, o primeiro a circular pelo país de maneira clandestina, era editado, em Londres, pelo jornalista gaúcho Hipólito José da Costa. Seu cunho era republicano.
D. João VI então cria a Imprensa Régia, que editava o monarquista Gazeta do Rio de Janeiro. Outras publicações surgiram para propagar as duas vertentes: republicanos e monarquia.

Em 1821 surgem as primeiras publicações pró-independência como os baianos o Diário Constitucional e o A Malagueta, mais Sentinela da Liberdade e Guarita de Pernambuco.
Com a autonomia política brasileira, em 1822, os panfletários se propagaram em diversos estados:

Farol Paulista e o Observador Constitucional - São Paulo
O Precursor das Eleições - Minas Gerais
O Olindense - Recife
O século XIX foi marcado também pelo jornalismo literário, com a presença de escritores conhecidos nas escolas como José de Alencar e Machado de Assis.

EDITORIAS OU CADERNOS

As publicações são geralmente divididas entre editorias temáticas, agrupando os assuntos mais comuns do noticiário.
Isto é mais visível em grandes jornais diários organizados em Cadernos e Suplementos, sempre separados.
As publicações seguem geralmente o seguinte modelo:

-Geral
Aborda assuntos diversos como acidentes, cataclismas, intempéries, tragédias, buraco de rua e até crimes (estes normalmente reservados para a página policial).

-Local ou Cidade
Assuntos de interesse local (da cidade) ou da região .

-Nacional ou País
Aborda assuntos diversos Abrange notícias de outras localidades do país

-Nacional ou País Política
Dispensa qualquer comentário. Às vezes agrupada com a anterior.

-Turismo
Roteiros de viagem e serviços sobre destinos turísticos.

-Comportamento
Nova tendência do novo século com assuntos diversos como o comportamento social, consumo, relacionamentos, saúde, família e medicina.

-Educação e Vestibular
Com temas educativos e pedagógicos. São fontes de pesquisa escolar e oferecem calendários de provas e acesso universitário e concursos públicos.

-Infantil e Feminino
Especializados em assuntos estereotipicamente associados a gênero e faixa etária.

-Esporte
Um dos mais apreciados e importantes comercialmente. Aborda todas as modalidades esportivas; em especial o futebol.

-Polícia
Crimes e reportagens de segurança, às vezes incluindo também ações de Defesa Civil e Bombeiros.

-Internacional
Compreende assuntos diversos de política internacional, relações externas, diplomacia, economia internacional, cultura estrangeira e ainda assuntos diversos, desde que ocorridos no exterior.

-Economia
Sempre notícias relacionadas às atividades produtivas do país, região ou cidade onde se localiza o jornal. As vezes ainda é fatia em sub-editorias.

Gêneros jornalísticos


Oficina Gêneros Jornalísticos
Reflexões sobre o uso do Jornal na sala de aula

O Jornal na sala de aula

"Janelas de Papel"
Ajuda os alunos a entrarem em contato com o mundo e a atualidade - jornais e revistas são mediadores entre a escola e o mundo;
A leitura crítica do jornal ajuda na formação de cidadãos críticos também;
Textos jornalísticos de qualidade ajudam a ensinar os padrões da Língua e a norma culta para os alunos;

A leitura e a produção de um jornal proporcionam o contato com o texto escrito autêntico, com função social.


Pedagogia da Informação


Conhecer os sistemas e suportes do texto jornalístico
Não se deixar enganar pelo mito da objetividade


Organização do jornal


Cadernos
Seções
Periodicidade
Expediente (comitê editorial, jornalistas responsáveis)
Cadernos permanentes
Folha de S. Paulo
1º Caderno
Editorial / Charge
Artigos de Opinião
Tendências e Debates
Painel do Leitor
Brasil
Toda a Mídia
Mundo
Dinheiro
Cotidiano
Ilustrada
Esporte
Cadernos semanais
Folha de S. Paulo
Segunda-feira: Folhateen
Terça-feira: Fovest
Quarta-feira: Informática
Quinta-feira: Turismo e Folha Equilíbrio
Sexta-feira: Guia da Folha
Sábado: Classificados e Vitrine
Domingo: +Mais, Classificados (Imóveis, Veículos, Empregos e Negócios), Revista da Folha.

Organização do Jornal


PRIMEIRA PÁGINA
Cabeçalho
Data
Manchete
Subtítulo (linha fina / olho)
Títulos de outras notícias: chamadas de capa
Fotos com legenda
Índice
Previsão do Tempo
Chamada para outros cadernos do dia

Gêneros Jornalísticos:

Manchete


Destaca (e sintetiza) o aspecto mais importante de uma notícia, de modo a chamar a atenção do público.
Geralmente vem acompanhada de um subtítulo que adianta mais algumas informações trazidas pela notícia.

Notícia


Relato de uma série de fatos a partir do fato mais importante. São os acontecimentos do dia ou da semana que, por sua natureza, tenham algum interesse jornalístico.
Lide (do inglês lead): quem, o quê, quando, onde, como e por quê.
Pirâmide Invertida: do fato mais importante para o menos importante


Reportagem


Conjunto de matérias sobre um determinado tema, aprofundando um fato ou conjunto de fatos no tempo e no espaço: comparam-se acontecimentos de épocas passadas com os atuais, fatos semelhantes ocorridos em outras localicades; recorrem-se a depoimentos de testemunhas ou a comentários feitos por personalidades.


Artigos de Opinião


Textos argumentativos que trazem a opinião, seja do jornal ou do leitor, sobre um determinado assunto.
Geralmente aparecem na 2ª ou 3ª páginas dos jornais
Ex: Artigos de opinião e Editorial (não é assinado pois representa a posição do jornal)

Entrevista


Formato de perguntas e respostas, geralmente com uma personalidade ou especialista em um determinado assunto.

Classificados


Espaço para comercialização de produtos, imóveis e carros diretamente com o proprietário
Anúncios pequenos
Compra, venda, troca e aluguel
Mensagens curtas e objetivas

Publicidade (propaganda)


Tem como finalidade influenciar o leitor para comprar produtos oferecidos por lojas, fabricantes ou empresas, que se apresentam através de uma marca.

Crônicas

Gênero literário que retrata situações do cotidiano. Em geral é publicada em jornais e revistas e refere-se a temas do momento.
Alguns autores conhecidos: Moacyr Scliar.
Humor
Charge
Histórias em quadrinhos
Cartas / E-mails
Seção reservada para correspondência entre leitor e o jornal
Espaço de interação e respeito à opinião do leitor
Características: a carta deve situar o texto e o autor em questão e a data de publicação. Traz as mesmas características de uma carta formal.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Quadro das narrativas

Contos de Fadas
Situação Inicial: construção do cenário. apresentação das personagens, lugar,situação.
Conflito: provocado por ação maldosa contra pessoa bondosa.Encantamentos. Ação malvada é amenizada pela ajuda de seres mágicos.
Clímax: a personagem do bem fica em perigo. batalha final, o mal faz sua pior ação.
Desfecho: o bem triunfa e o mal é castigado. final feliz.
Características: presença de seres mágicos, alterando o destino humano. fantasia X realidade.
Tempo: tempo indeterminado: " era uma vez". uso, em geral do pretérito perfeito ( passado) no enredo e presente nos diálogos.
Espaço: " Num reino distante", "em uma floresta", "no bosque".
Personagens: reis, rainhas, príncipes, princesas, seres malvados, seres mágicos.

Lendas
Situação inicial: construção do cenário. apresentação das personagens, lugar, situação.
Conflito: a personagem enfrenta obstáculos. tentativa de solução do problema.
Clímax: personagem enfrenta o momento mais difícil da situação.
Desfecho: resolução: transformação da situação vivida.
Características: mostra a sabedoria de um povo, explicando fenômenos do mundo. sobrenatural X realidade.
Tempo: situa o leitor em um tempo distante, o momento histórico do povo que a criou: Idade Média, Antiguidade. No começo do mundo. Há muito tempo atrás.
Espaço: lugar da origem da lenda: na tribo..., em Santa Catarina.
Personagens: seres humanos, heróis, seres míticos, indígenas.

Fábulas
Situação Inicial: construção do cenário. Apresentação das personagens, lugar, situação.
Conflito: obstáculos, dificuldades. tentativa de saída do problema.
Clímax: personagem enfrenta momento mais difícil da situação.
Desfecho: ensinamento moral: lição a ser tirada daquele acontecimento.
Caracterísiticas: busca transmitir um ensinamento, por meio da fala de animais. fantasia X realidade.
Tempo: presente mítico nos diálogos.
Espaço: floresta, campo, cidade.
Personagens: animais personificados, exemplificados tipos de comportamentos humanos.

Causos
Situação inicial: construção do cenário. apresentação das personagens, lugar, situação.
Conflito: obstáculos, dificuldades. tentiva de saída do problema.
Clímax: personagem enfrenta o momento mais difícil da situação.
Desfecho: resolução do problema.
Características: valor histórico, lida também com problemas humanos universais.
Tempo: indeterminado. uso em geral do pretérito perfeito ( passado) no enredo e presente nos diálogos.
Espaço: local onde ocorre o causo.
Personagens: seres humanos , heróis.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Poesia: Aula de Leitura

AULA DE LEITURA

A leitura é muito mais
do que decifrar palavras
Quem quiser parar pra ver
pode até se surpreender

vai ler nas folhas do chão
se é outono ou verão;

nas ondas soltas do mar
se é hora de navegar;

e no jeito da pessoa
se trabalha ou se é à-toa

na cara do lutador,
quando está sentindo dor;

vai ler na casa de alguém
o gosto que o dono tem;

e no pêlo do cachorro,
se é melhor gritar socorro;

e na cinza da fumaça,
o tamanho da desgraça;

e no tom que sopra o vento,
se corre o barco ou se vai lento;

e também no calor da fruta,
e no cheiro da comida,

e no ronco do motor,
e nos dentes do cavalo,

e na pele da pessoa,
e no brilho do sorriso,

vai ler nas nuvens no céu,
vai ler na palma da mão,

vai ler até nas estrelas,
e no som do coração.

Uma arte que dá medo
é a de ler um olhar,
pois os olhos tem segredos
difíceis de decifrar

( Ricardo Azevedo)

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

"Gêneros instrucionais"


GÊNEROS INSTRUCIONAIS

Quais são os gêneros instrucionais?

Regras das brincadeiras e jogos;
Receitas;
Regulamentos;
Leis;
Regras de convivência da escola(combinados);
Normas;
Manual;
Bulas;
Sinais de trânsito.

Todos os gêneros textuais que vimos anunciando como instrucionais atendem a característica do tipo injuntivo.

[...] diz respeito àquele tipo de texto que se caracteriza por organizar informações e instruções ou ordens com a finalidade de orientar determinado comportamento do interlocutor.Também chamado de instrucional, esse tipo de texto se manifesta, por exemplo, nos gêneros regras de jogo, receitas culinárias, regulamentos, instruções de uso de máquinas, entre outros. (Val e Barros , 2003, p.135-136)

Em síntese....
" São aqueles cuja função é regular ou indicar formas de agir.Eles descrevem etapas que devem ser seguidas para que se consiga fazer algo, como: preparar um bolo, instalar uma geladeira, ao brincar ou evitar acidentes de trabalho"

Principais características


-Frases curtas;
-Verbos de ação no infinitivo,imperativo ou presente do indicativo;
-Muitos advérbios;("corte bem", "misture levemente")
-Compartilham função apelativa;


RECEITA
HOT DOG


Ingredientes
Salsichas para cachorro quente
Fatias de queijo tipo mussarela
Pão para cachorro- quente
Maionese
Ketchup
mostarda


Modo de fazer :

Com cuidado, faça um corte nas salsichas no sentido do comprimento, mas sem separá-las. Enrole as fatias de mussarela uma a uma, e coloque um rolinho dentro de cada salsicha.
Em seguida, arrume-as numa travessa e leve ao forno até o ponto de cozimento das salsichas. Passe maionese dentro do pão.Quando as salsichas estiverem prontas, coloque-as dentro do pão. Para finalizar, ketchup e mostarda a gosto.


-Geralmente, os ingredientes de uma receita são acompanhados de suas quantidades(por peso, volumes, unidades, e quantidades indicadas por utensílios);
-Certos conhecimentos prévios e expectativas sobre o que deve ou não ser dito ajudam o leitor ouvinte a entender as orientações dadas nesses textos, assim, não se espera por exemplo, encontrar explicações sobre os motivos para bater as claras em neve. Também não é esperado que se diga o que é "clara em neve", "levar ao fogo em banho maria";


AMARELINHA


Tirem a sorte pra saber quem vai começar. De frente para o desenho, o escolhido joga a pedra na casa número 1. Seguindo a ordem dos números, ele vai pulando casa por casa num pé só. É permitido colocar os dois pés no chão apenas quando houver uma casa ao lado da outra. Essa regra não vale para a Amarelinha em caracol, que tem que ser pulada sempre num pé só.
Chegando no céu, o jogador coloca os dois pés no chão e volta pulando da mesma forma. Ao alcançar a casa número 2, tem que pegar a pedra sem perder o equilíbrio e pular para fora do desenho.
Ele continua fazendo o mesmo com as outras casas, também seguindo a ordem dos números.
Perde a vez quem:
1 - pisar na casa onde estiver a pedrinha ou nas linhas do jogo;2 - deixar cair a pedra na casa errada;3 - não conseguir pegar a pedra. Quando ganhar a vez novamente, o jogador recomeça de onde parou.
Quem conseguir passar por todas as casas vai até o céu, fica de costas e atira a pedrinha. Depois, escreve seu nome na casa onde ela caiu. Os demais não poderão pisar na casa marcada, mas o dono poderá até colocar os dois pés sobre ela. Se a pedra cair fora do jogo, ele não marca nada. Vence quem conseguir mais casas.


BULA


COMPOSIÇÃO;
INFORMAÇÕES AO PACIENTE;
INFORMAÇÕES TÉCNICAS;
CARACTERÍSTICAS;
INDICAÇÕES;
CONTRA INDICAÇÃO;
EFEITOS COLATERAIS ;

POSOLOGIA;
AÇÃO DO MEDICAMENTO;
MARCA E ENDEREÇO DO FABRICANTE;

Instruções


Para algumas instruções é necessário o uso do desenho pra maior compreensão. Ex: dobradura;


Qual é o papel da escola?


Desde cedo estamos inseridos em situações em que os textos instrucionais circulam;


As crianças aprendem:


-Organizar sequencialmente as informações;
-Aprendem a distinguir o que é essencial e merece ser dito;
-Flexionar o verbo no modo imperativo e infinitivo;
-Usar os articuladores textuais;
-Estruturar sintaticamente as frases;
-Certas especificidades. Ex: numa receita o item "rendimento" faz sentido; o mesmo não seria adequado num manual de eletrodoméstico;
-Aprende a elaborar inferências nos casos em que as informações não estão explicitamente colocadas no texto;

"Estudo sobre gêneros"


GÊNEROS

DE ONDE VEM A PALAVRA....


Gênero vem do latim generu , que significa família; ou seja, agrupamento deindivíduos ou seres que têm características comuns. Portanto, os gêneros literários são agrupados por suas semelhanças nascem de situações de comunicação que ocorrem em uma mesma área de produção de linguagem.


Para lidar com cada gênero textual, faz- se necessário participar das práticas de linguagem em que eles estão presentes. Por tal motivo Schneuwly e Dolz (1999, p.7) conceituam gêneros textuais como:


"formas relativamente estáveis tomadas pelos enunciados em situações habituais, entidades culturais intermediárias que permitem estabilizar os elementos formais e rituais das práticas de linguagem"


Gênero formas relativamente estáveis de linguagem.Eles São:


- históricos
-normalmente são híbridos (heterogêneos)
- Formas de interação
-é um instrumento(orais e escritos)

GÊNEROS sãocompostos por:
-Conteúdo temático;
-Forma composicional;
-Estilo.


" aprender a falar e a escrever, então, é apropriar-se de instrumentos para realizar essas práticas em situações discursivas diversas, isto é, apropriar-se de gêneros"
" a aprendizagem da linguagem se dá, precisamente, no espaço situado entre as práticas e as atividades de linguaguem" (Schneuwly e Dolz , p.75)



"Pauta 8 e 22/10/2008"

II OFICINA DE LÍNGUA PORTUGUESA: “ESTUDANDO OS GÊNEROS DO DISCURSO”
08 e 22/10/2008


Ø Retomar a tarefa do encontro anterior;
Ø Estudar o gênero instrucional;

FOCO:

Ø Gênero instrucional;

1° momento:

Ø Leitura compartilhada: “Receitas de Olhar” – Roseana Murray. Editora FTD

Ø Diário de bordo:_______________________________
Ø Leitura do diário de bordo;

2º momento:

Ø Socialização e discussão dos textos: “ Além da moral ( Jornal Letra A- Junho de 2008)” e “Reescrita: um caminho para a produção autônoma de textos – Revista Avisa- lá – julho de 2008)
Ø Socialização do quadro: Estrutura da narrativa;

3º momento:

Ø Levantamento dos conhecimentos prévios em relação ao gênero instrucional: Quais são?, Que função eles têm? , Por que trabalhar com estes gêneros?
Ø Anotar em papel Kraft.
Ø Retomada : gêneros, aspectos tipológicos e esferas sociais de circulação.

CAFÉ

4° momento:

Ø Em pequenos grupos escrever:
1. Uma receita de hot dog;
2. Instruções de como enviar uma mensagem pelo celular;
3. Regras da brincadeira: amarelinha;
4. Normas de convivência para este grupo;
5. Bula de um remédio para dor de cabeça;

5º momento:

Ø Socialização e fechamento com slides;

6º momento

Ø Tarefa: Ler o texto “Receitas e regaras de jogo: A construção de textos injuntivos por crianças em fase de alfabetização” – Maria da Graça Costa Val e Lúcia Fernanda Pinheiro Barros
8º momento
Ø Avaliação

"Gêneros da narrativa"



NARRATIVA


"Se narrar é contar algo, é preciso levar em consideração que o homem sempre quis contar histórias"

A PALAVRA NARRAR VEM DO VERBO LATINO NARRARE QUE SIGNIFICA EXPOR, CONTAR , RELATAR.

ELEMENTOS BÁSICOS DA NARRATIVA:

Narrador
Personagem – (quem participou);
Espaço/cenário- (onde o fato se deu);
Tempo- (quando o fato ocorreu);
Situação inicial;
Conflito/clímax
Desfecho

FÁBULA

PALAVRA LATINA QUE DERIVA DO VERBO FABULARE ð CONVERSAR, NARRAR (O QUE MOSTRA QUE A PALAVRA FÁBULA TEM SUA ORIGEM NA TRADIÇÃO ORAL)

Principais características:

Os personagens são geralmente animais com características humanas;
Busca transmitir um ensinamento, por meio da fala dos animais;
A moral de algumas fábulas acabou se tornado provérbios nas línguas do Ocidente.
Ex: Quem desdenha quer comprar
Em geral os textos são curtos, o cenário é pouco detalhado;


GRANDES AUTORES:

ESOPO

Viveu entre os séculos VII E VI antes de Cristo na Grécia;
Não deixou nada registrado;
Suas fábulas foram registradas pelo romano Fedro (15.a.c – 50. d.c.);

JEAN DE LA FONTAINE(1621-1695) França

Além de suas próprias fábulas ele reescreveu em versos franceses muitas fábulas antigas de Esopo e de Fedro;
Sua fábula mais conhecida: "A CIGARRA E A FORMIGA";


MONTEIRO LOBATO(1882-1948)

Reconta fábulas antigas de Esopo, Fedro e La Fontaine e alguns de sua autoria;
Ele coloca no final uma discussão que a fábula provoca no círculo de personagens que povoam o sítio do Pica-Pau Amarelo;
Dona Benta narra as fábulas =voz da tradição
Tia Anastácia = Sabedoria

CONTOS DE FADAS

São histórias muito antigas. Sua origem se perde no tempo;
No início de sua existência, ela eram transmitidas de boca em boca: quem ouvia uma história, memorizava-a e contava-a para outras pessoas, que faziam o mesmo ð fazem parte da tradição oral;


Os contos foram mudando ao longo dos séculos, os contadores adaptam as histórias aos diferentes públicos a que se dirigem;
Charles Perrault, francês ( 1628), publicou " Contos da mamãe gansa", "Cinderela", "Chapeuzinho Vermelho" e "Pequeno Polegar";
Século XIX ð irmão almães Jacob e William Grimm ð "Contos da criança e do lar" ð além das histórias que circulavam na França, fazem parte também: " O lobo e os 7 cabritinhos", "Joãozinho e Mariazinha", "Rapunzel", "Branca de Neve", "O pássaro dourado" e muitas outras;
Da versão original de Perrault até as versões de Walt Disney, muita coisa foi alterada ( ilustrações e trechos de histórias), mas muitos elementos permanecem , o que nos permite perceber que os mesmos contos;

Alguns desses elementos: castelos, reis, rainhas, príncipes, princesas, madrastas e feiticeiras, valentes heróis que enfrentam terríveis perigos ð indicam que essas histórias circulavam na Idade Média;
Contos de fadas ð ensinam valores como: honestidade, solidariedade, esperteza e a persistência. Além disso, alimenta a imaginação, ajudam a encarar os problemas da vida e por vezes, trazem esperança de dias melhores ð e é por tudo isso que até hoje essas histórias encantam adultos e crianças, pelo menos na fantasia, que é possível " viverem felizes para sempre!".

MITOS E LENDAS

São narrativas populares passadas de geração em geração por meio da oralidade.
Buscam explicar fenômenos da natureza e difundir crenças, costumes e valores da cultura de um povo, fortalecendo sua identidade,por meio de recursos mágicos ou fantasiosos;

Não há acordo entre os estudiosos do assunto sobre a diferença entre mitos e lendas ð para alguns, o mito narra as ações de determinada pessoa ou ser, enquanto a lenda revela as crenças de um povo; outros entendem a que as lendas são histórias sobrenaturais sem relação com a realidade, enquanto mito é uma forma de compreender a realidade, de atribuir sentido ao mundo;
Os povos indígenas preferem dizer que suas histórias não são lendas e sim mitos, pois fazem parte de seu patrimônio cultural e fortalecem sua identidade;

CAUSOS

São narrativas populares, muito antigas, de temáticas fantásticas, inusitadas, divertidas ou religiosas que pertencem à tradição oral e foram vivenciadas ou inventadas muito antes que a sociedade moderna existisse.
Os causos, além de seu valor histórico ( que une gerações de tempos diferentes) também lidam com problemas humanos universais;
Com os causos é possível:
Problematizar o conceito de "cultura";
Debater sobre a especificidade e a riqueza das culturas desprestigiadas;
Discutir a relação mídia e cultura popular, em geral, apresentada de forma estereotipada;
Fundamentar a questão das variações lingüísticas.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

"Pauta 03/09/2008"


Diretoria de Educação do Município de Cajamar

I OFICINA DE LÍNGUA PORTUGUESA: “Estudando os gêneros do discurso”
03/09/2008

Quem sabe quem os lerá?
Quem sabe a que mãos irão?
(Alberto Caeiro. O guardador de rebanhos)
OBJETIVOS:

 Estudar os gêneros da narrativa: fábulas, mitos e lendas, contos de fadas e causos;
 Discutir e registrar o contexto de produção de narração.

FOCO:

 Gêneros da narrativa

1° momento:

 Diário de bordo:_______________________________

2º momento:

 Apresentação do grupo e formadoras;
 Apresentação da proposta de trabalho.

3º momento:

 Desafio : Como estão seus conhecimentos sobre gêneros textuais?
 Socialização

4° momento:

 Levantamento dos conhecimentos prévios do grupo sobre a narrativa;
( Em grupos discutir e registrar o contexto de produção: Quem escreve, para quem escreve, por que escreve, onde circula o texto normalmente, o que não pode faltar?);
 Socialização dos grupos;
 Apresentação dos slides.

5º momento:

 Análise de alguns textos ( em grupos analisar alguns textos e justificar de que gêneros fazem parte);
 Socialização;
 Em grupos : preencher o quadro: Estrutura da narrativa;
 Socialização

CAFÉ

6º momento

 Apresentação de slides ( contos de fadas,fábulas , mitos e lendas e causos)

7º momento

 Tarefa: Ler os textos para o próximo encontro: “ Além da moral ( Jornal Letra A- Junho de 2008) e “Reescrita: um caminho para a produção autônoma de textos – Revista Avisa- lá – julho de 2008)

8º momento
 Avaliação